segunda-feira, 25 de junho de 2012

A importância do Coordenação Pedagógica na escola

Esse texto é uma compilação de idéias retiradas do artigo deLENI APARECIDA SOUTO MIZIARA E RUTH PAVANentitulado: COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A
AÇÃO-REFLEXÃO DOCENTE.
A Coordenação Pedagógica tem função essencial no que tange à formação dos professores. As transformações em foco são um trabalho de autoria e co- autoria, no qual o discurso oficial, as pressões do ambiente não são suficientes para desencadear esses processos.
É necessário haver:
· adesão,
· rever concepções,
· desenvolver competências inéditas
· conseqüente mudança de atitude dos envolvidos no processo.
Mudar é, portanto, trabalho conjunto dos educadores da escola, bem como de toda acomunidade escolar e supõe:
· diálogo,
· troca de diferentes experiências e
· respeito à diversidade de pontos de vista.
Segundo Paulo Freire (2000), reside na dialogicidade a essência de uma educação transformadora.
Importante que a Coordenação Pedagógica passe a pensar as diferentes possibilidades de sua ação.
O coordenador pedagógico, enquanto elemento articulador da elaboração e execução da proposta pedagógica precisa estar em um processo permanente de formação, sendo o profissional capaz de preparar e sensibilizar os educadores sobre tais mudanças e o que estas exigem da educação contemporânea.
Destrezas necessárias para um bom profissional:
  1. destreza empírica: capacidade de diagnóstico.
  2. Destreza analítica: capacidade de a partir de dados construir uma teoria.
  3. Destreza avaliativa: diante dos resultados alcançados, avaliar o processo.
  4. Destreza estratégica: planejamento de ação.
  5. Destreza prática: capacidade de relacionar a prática com a teoria.
  6. Destreza de comunicação: compartilhar idéias.
“Ao vivenciar situações que integram reflexão, investigação e ação, “o profissional muda, mudando o contexto em que trabalha”. (BARROSO,1997, GIOVANI,2003, p. 213 ).
“Trata-se de reconhecer o potencial formativo das situações de trabalho”. (GIOVANI,2003,p.213 ).
Elementos importantes na formação dos educadores:
  • Intencionalidade do processo.
  • Produção do conhecimento.
  • A dimensão coletiva.
  • Caráter prospectivo.
  • Pensar simultaneamente formação dos professores e gestão
da escola. Aprendizagens e mudanças também para escola.
  • Trabalhar sobre a forma de projetos.
“O mero conhecimento dos métodos não basta, pois é preciso que exista o desejo e a vontade de empregá- los”. Dewey(1959,p.43)
Dewey destaca as três atitudes básicas necessárias para que haja reflexão. A primeira delas é:
1. atitude: [...] mentalidade aberta, que se define como a ausência de preconceitos, de parcialidades e de qualquer hábito que limite à mente e a impeça de considerar nos problemas e de assumir novas idéias e que integra um desejo ativo de escutar mais do
que um lado, de acolher os fatos independentemente da sua fonte, de prestar atenção sem melindres a todas as alternativas, de reconhecer o erro mesmo relativamente aquilo em que mais se acredita. Esta atitude pressupõem: ouvir e respeitar diferentes
perspectivas, a prestar atenção às alternativas disponíveis, valer-se da pluralidade de idéias.
2. Atitude: [..] Ser intelectualmente responsável quer dizer considerar as conseqüências de um passo projetado significa ter vontade de adotar essas conseqüências quando decorram de qualquer posição previamente assumida. A responsabilidade intelectual assegura a integridade, isto é, a coerência e a harmonia daquilo que se defende (DEWEY,1959, p. 44).
3. Atitude: “[...] o entusiasmo, descrito como a predisposição para enfrentar atividade com curiosidade, energia, capacidade de renovação e de luta contra a rotina”.
Geralmente, segundo Alarcão (1996), os autores estabelecem três níveis distintos de análise da realidade circundante: técnica, prática e crítica.
Primeiro nível: à análise das ações explícitas: o que fazemos e é passível de ser observado (andar na sala de aula, fazer perguntas, motivar, etc.)
Segundo nível: o planejamento e a reflexão: planejamento do
que se vai fazer, reflexão sobre o que foi feito, destacando o seu caráter didático
( inclusão do conhecimento prático).
Terceiro nível: o nível das considerações éticas, que passa pela análise ética ou política da própria prática, bem como das suas repercussões contextuais. Este nível de reflexão é essencial para os educadores para que desenvolvam uma consciência crítica sobre as suas possibilidades de ação e as limitações de ordem social, cultural e ideológica do sistema educativo , bem como para a própria coordenação pedagógica.
A práxis da coordenação pedagógica está em: contribuir na organização e gestão do trabalho pedagógico, tanto no que tange especificamente ao processo ensino e aprendizagem, como aos diferentes segmentos da comunidade escolar.
Compilação realizada por Silvana Oliveira Carvalho. 
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, Isabel. Formação reflexiva de professores – estratégias de supervisão.
Porto. Porto, 1996.
BRASIL, Secretaria Estadual de Educação. Decreto nº 10.540. Campo Grande (MS):
SED, 2001.
CHRISTOV, L.H. da S. Educação Continuada: função essencial do coordenador
pedagógico. In: GUIMARÃES, A.A. et all. O coordenador pedagógico e a educação
continuada. 4 ed., São Paulo: Loyola, 2001.
CONTRERAS, José. Autonomia dos professores. São Paulo: Cortez, 2002.
DEWEY, J. Como pensamos. Como se relaciona o pensamento reflexivo com o
processo educativo. Uma re-exposição. São Paulo: Nacional, 1959.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de janeiro: Paz e Terra,1970
_________ Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 16 ed.
São Paulo: Paz e Terra, 2000.
GIOVANI, L.M. O ambiente escolar e ações de formação continuada. In:CHAVES
.S.M e TIBALI E. F. (orgs). Concepções e práticas em formação de professores –
diferentes olhares. Goiânia: Alternativa, 2003.
GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica
da aprendizagem. porto Alegre: Artes Médicas, 1997
MOREIRA, Antonio Flávio; MACEDO, Elizabeth Fernandes de. Em defesa de uma
orientação cultural na formação de professores. In. MOREIRA, Antonio Flávio (org.)
Ênfases e omissões no currículo.Campinas: Papirus, 2001.p. 117-145
PLACCO,V.M.N.S. O Coordenador pedagógico e o espaço de mudança. São Paulo,
Loyola, 2005.

Postado por: Suelena Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário