VIGIAR E PUNIR: relações
panópticas no cotidiano na escola
Há muitas duvidas sobre qual
é a real função do coordenador pedagógico no cotidiano da escola. Muitos
problemas que os pedagogos enfrentam hoje têm suas raízes nas idéias que foram
historicamente produzidas no que toca a profissão.
A supervisão Educacional
evidencia no interior da escola a divisão social do trabalho. A partir dela
pode-se observar a ação dos que pensam as políticas relacionadas à educação e a
dos que são passivos a essas políticas, ou seja, executam o que foi planejado.
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A postura dos referidos
coordenadores se dá por causa das atitudes discordantes que se perpetuam na
escola atual, e só faz por criar confusão no que seja o papel do pedagogo.
A punição e a
vigilância, segundo Foucault (1977 ) são poderes destinados a educar os indivíduos
para que esses cumpram normas e leis de acordo com a vontade de quem detêm o poder. A
vigilância é uma maneira de se observar a vigilância é um poder que atinge os
corpos dos indivíduos, seus gestos, seus discursos, suas atividades, sua
aprendizagem, sua vida cotidiana.
Na realidade da escola atual
emerge a necessidade de desconstruir
todas essas idéias, pois segundo Vasconcelos (2006) o autoritarismo: ser dono
da verdade e o infantalismo: não lutar
por seus direitos são pragas que existem no cotidiano escolar. Como forma de
superação destes problemas que tipificam o cotidiano escolar é preciso ter
capacidade de acolher as diferenças, buscar garantir o clima de respeito.
Segundo Vasconcelos (2006) A conquista do
espaço de trabalho coletivo na escola é um dos grandes entraves elencados pelos
coordenadores. A reunião pedagógica semanal e a organização de grupos de
estudos são práticas objetivas que podem ajudar a coordenação pedagógica na
consolidação de uma educação emancipatória.
Nesse sentido a supervisão
educacional deixa para trás o panóptico descrito por Michel Foucault e caminha
na construção de uma escola que não almeja só existir, mas que desempenha seu
papel para que o serviço educacional prestado tenha boa qualidade, e essa
qualidade depende do bom desempenho do coordenador.
REFERÊNCIAS
FOUCAULT,
Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis,
Vozes, 1977.
VASCONCELLOS,
Celso
dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político-6pedagógico ao cotidiano da sala de aula,
5a ed. São Paulo.
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